Há duas décadas as “mocinhas” mais animadas
eram chamadas de assanhadas. Com o passar do tempo, foi se formando um
dicionário de palavras pejorativas para nomear certas atitudes fora do comum. Lembro-me
que minhas amigas chamavam as garotas fáceis, ou ao menos consideradas fáceis
de “ploc”. Todas as vezes que ouvia essa
palavra me lembrava de uma marca de chiclete que comprava quando criança. E
ficava fazendo uma análise profunda sobre o por quê desse nome. Será que elas
são grudentas? Daquelas que “pegam no pé”? Essa dúvida me persegue até hoje.
Depois apareceram “do nada” as periguetes,
que deveria ter o mesmo significado que os outros nomes citados, mas a moda
pegou e houve uma revolução nesse processo. O que antes tinha um “tom” de
vergonha, agora seria motivo para grandes revelações. As meninas que se achavam
periguetes assumiram sua posição e declaravam em redes sociais o “orgulho” que
tinham em ter certo tipo de atitude.
Agora, para piorar a situação, a Rede Globo
resolveu criar as empreguetes; três empregadas domésticas que resolvem
homenagear suas “adoráveis” patroas, vestindo as roupas delas e cantando uma
música pra lá de “legal”.
Música
e figurino à parte, as novas
“étes” lançaram outras “aldeias” da mesma tribo e apareceu na internet as
estudetes, que são estudantes que por causa da greve das escolas públicas,
resolveram protestar fazendo uma paródia da música das empreguetes da Globo. Eu
fico imaginando o que virá depois e confesso que tenho um certo medo de um dia
me tornar amiguete de alguém, uma
esposete, mãesete ou coisa desse tipo.
... Em pensar que na década de 80, as únicas “étes”
que existiam eram as Chacretes. Será que o Chacrinha previu tudo isso? Vai
saber, né!
Beijos, abraços e amassos
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