segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Era das “ÉTES”



Há duas décadas as “mocinhas” mais animadas eram chamadas de assanhadas. Com o passar do tempo, foi se formando um dicionário de palavras pejorativas para nomear certas atitudes fora do comum. Lembro-me que minhas amigas chamavam as garotas fáceis, ou ao menos consideradas fáceis de “ploc”.  Todas as vezes que ouvia essa palavra me lembrava de uma marca de chiclete que comprava quando criança. E ficava fazendo uma análise profunda sobre o por quê desse nome. Será que elas são grudentas? Daquelas que “pegam no pé”? Essa dúvida me persegue até hoje.
Depois apareceram “do nada” as periguetes, que deveria ter o mesmo significado que os outros nomes citados, mas a moda pegou e houve uma revolução nesse processo. O que antes tinha um “tom” de vergonha, agora seria motivo para grandes revelações. As meninas que se achavam periguetes assumiram sua posição e declaravam em redes sociais o “orgulho” que tinham em ter certo tipo de atitude.
Agora, para piorar a situação, a Rede Globo resolveu criar as empreguetes; três empregadas domésticas que resolvem homenagear suas “adoráveis” patroas, vestindo as roupas delas e cantando uma música pra lá de “legal”.
Música  e figurino à parte,  as novas “étes” lançaram outras “aldeias” da mesma tribo e apareceu na internet as estudetes, que são estudantes que por causa da greve das escolas públicas, resolveram protestar fazendo uma paródia da música das empreguetes da Globo. Eu fico imaginando o que virá depois e confesso que tenho um certo medo de um dia me tornar  amiguete de alguém, uma esposete, mãesete ou coisa desse tipo.
... Em pensar que na década de 80, as únicas “étes” que existiam eram as Chacretes. Será que o Chacrinha previu tudo isso? Vai saber, né!

Beijos, abraços e amassos

Nenhum comentário:

Postar um comentário